LINGUA PORTUGUESA
1 - Linguagem e Comunicação
“Qualquer
sistema de signos simbólicos empregados na intercomunicação social para
expressar e comunicar ideias e sentimentos, isto é, os conteúdos da
consciência”. Bechara, 2001
Linguagem Verbal –
Língua: “signos linguísticos” (palavra falada ou escrita)
Língua Portuguesa
É
o idioma utilizado por toda a comunidade lusófona:
Portugal,
Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e
Timor Leste.
Além das diferenças que ocorrem na língua portuguesa utilizada nos diferentes
países, no Brasil, isso também acontece.
Diferenças geográficas, socioculturais e discursivas (situação de comunicação,
interlocutores, modalidade escrita ou oral) imprimem marcas próprias no uso da
língua pelos seus falantes.
Todo uso da língua se dá na interação social entre sujeitos que querem se
expressar e ser compreendidos.
Por isso, o uso que cada um faz da língua depende do ambiente em que se
encontra, da intenção, do conhecimento que tem da língua, da forma que escolhe
para se expressar, entre outros fatores.
Dizemos, então, que o uso da língua varia. Não existe uma só maneira de usar a
língua. E essa variação pode se dar em diferentes:
Níveis de Linguagem
•
Coloquial
•
Culto
Registros
•
Formal
•
Informal
Modalidades
•
Oral
•
Escrita
Variantes
•
Padrão
•
Não Padrão
Níveis de Linguagem
São
determinados pela cultura e formação escolar, pelo grupo social a que pertence
o sujeito e pela situação concreta em que a língua é utilizada. Temos dois
níveis:
Coloquial – Relacionado ao
registro informal da língua, permite deslizes nas regras da gramática, pertence
ao uso mais cotidiano, em situações mais informais, utilização mais espontânea
e criativa da linguagem. Mais aberto às transformações. Mais utilizado na fala.
Culto - relacionado ao registro
formal da língua, obedece às regras da gramática normativa, ensinada na escola,
pertence à esfera literária, mais conservador e utilizado em situações de
comunicação mais formais. Mais utilizado na escrita.
Variações
Linguísticas
Variante Padrão – determinada
pela classe social de prestígio e o grau de educação formal dos falantes;
relacionada ao nível culto e ao registro formal;
Variante Não Padrão – é a que
foge aos parâmetros impostos à Variante Padrão; relacionada ao nível coloquial
e ao registro informal.
Síntese:
O
mesmo falante pode apresentar variação no uso da língua em relação:
aos níveis de linguagem, culto ou coloquial; ao registro, formal e informal; às
modalidades oral e escrita, e às variedades, padrão e não padrão, tanto em
função da situação da comunicação como também em função de seu interlocutor, de
seu conhecimento da língua, de seu grau de escolaridade e de sua intenção de
comunicação.
Novo Acordo Ortográfico
Vigente
desde o ano de 2009 para os países lusófonos (Portugal, Brasil, Angola,
Moçambique, Guiné-Bissau, SãoTomé e
Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste). Após muita polêmica entre esses países, o
Congresso Nacional, o Ministério da Educação do Brasil e o meio acadêmico implantaram
o Novo Acordo Ortográfico.
Esse
novo acordo imprime algumas mudanças em relação à escrita: marcas gráficas,
acentuação e uso de algumas letras.
Algumas principais mudanças:
Alfabeto - ganha três letras. Antes: 23 letras Depois: 26 letras, entram k, w e
y
Trema - desaparece em todas as palavras. Exemplo: frequente, linguística,
linguiça.
Acentuação - some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras
paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte). Exemplo: ideia, geleia,
plateia, paranoico, heroico.
Acentuação - some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou
ôos.) Exemplo: voo, creem, veem, enjoos.
Acentuação - some o acento diferencial. Exemplo: para (verbo) e
para(preposição) Mas continua em: pôr (verbo) e por (preposição)
Há
várias alterações no uso do hífen: autocorreção, micro-ondas Importante:
Consultar o material teórico sobre todas as alterações!!
2 - Estratégias de leitura
Nesta
unidade nós vimos que a leitura é:
Processo cognitivo, isto é, implica num trabalho mental de percepção, memória,
construção de relações, avaliação
e compreensão.
Processo de atribuição de sentido.
Processo dinâmico e muito ativo, que exige a postura interativa do leitor que
anseia por se tornar proficiente.
um
hábito que se cultiva.
uma habilidade decisiva para a construção do conhecimento.
Conhecimentos
prévios são conhecimentos que já possuímos: sobre a língua e seu funcionamento,
sobre os textos
e suas estruturas, sobre o mundo em geral, sobre a especificidade da situação
de comunicação, além daqueles adquiridos por meio das experiências pessoais do
leitor .
Os
conhecimentos prévios se dividem em:
Conhecimento linguístico: representa
a competência do falante em relação à gramática de sua língua materna.
Conhecimento textual é
construído pela convivência com diferentes gêneros de textos, em diferentes
situações de comunicação.
Conhecimento de mundo corresponde
ao conjunto de conhecimentos que o leitoradquiriu em seu processo de
aprendizado formal e informal, incluindo também suas experiências pessoais.
Inferência
Atribuímos
sentido a um texto não apenas por meio de elementos explícitos; a compreensão
constitui um processo que requer cálculo mental. As inferências constituem um
exemplo típico de cálculo mental. As piadas são bons exemplos para entender
esse processo.
Para
a leitura na vida acadêmica, sistematizamos
quatro etapas :
Apreensão global do texto.
Leitura mais rápida, menos específica.
Leitura mais detalhada.
Elaboração do plano do texto.
Concordância:
consiste na combinação harmoniosa entre as palavras que exercem entre si
relações de subordinação e para isso precisam alterar sua forma (gênero,
número, pessoa).
Concordância
Nominal: ocorre entre substantivos e as palavras que o acompanham: pronome,
adjetivo, numeral, artigo. Exemplos: os carros, suas casas, boas ideias.
Concordância
Verbal: ocorre entre as partes principais da frase: sujeito ( nome, pronome) e
predicado( verbo): As aulas começaram; A faculdade fica em São Miguel.
3 - Coesão e Coerência
Textuais
Coesão
e Coerência são conceitos essenciais para desenvolver a proficiência na leitura
e na escrita:
Na
Leitura: orientação para atribuir sentidos ao texto, percebendo os efeitos de
sentido, nem sempre explícitos no texto;
Na
Escrita: orientação para selecionar e combinar os elementos que formam um texto
(palavras ,frases, parágrafos) de forma lógica, para alcançar clareza e precisão
na expressão.
A
coesão diz respeito, principalmente, à relação e conexão entre as palavras de
um texto, por meio de elementos formais, que assinalam o vínculo entre os seus
componentes.
A
coesão do texto constrói-se por meio de vários elementos gramaticais que
estabelecem conexões e articulações, concatenando ideias e funcionando como
elos coesivos. Esses elementos são os seguintes: a manutenção do tema na sequência
textual; a ordem direta das palavras no
período; a determinação das marcas de
gênero (masculino/feminino) e de número (singular/plural); a ligação entre
palavras por meio de preposições (de,para, com etc.); pronomes pessoais e
possessivos (eu, tu, ele... meu, sua, nosso etc.); e conectivos (conjunções,
pronomes relativos). Garcez,2004
Coerência
A
coerência é um princípio de textualidade ligado à possibilidade de o texto
funcionar em sua comunicabilidade. É, portanto, um princípio que não se prende
apenas às determinações gramaticais da língua, mas que as supõe. A coerência “
tem como limite a
funcionalidade
do que é dito, os efeitos pretendidos, em função dos quais escolhemos esse ou aquele
jeito de dizer as coisas”. (Irandé Antunes, 2005)
A
coerência depende, principalmente, do conhecimento prévio dos interlocutores de
um exto. Tal conhecimento diz respeito:
ao
conhecimento do mundo (conhecimento enciclopédico que se adquire ao longo da
vida) e o grau em que esse conhecimento deve ser ou é compartilhado pelos interlocutores;
ao
conhecimento linguístico (o domínio das regras que norteiam a língua) que
possibilita aos usuários de uma língua combinar os elementos linguísticos;
à
relação entre os próprios interlocutores, considerando a situação em que se
encontram, as suas intenções de comunicação, suas crenças e a função
comunicativa do texto.
Coerência −
em síntese é a possibilidade de estabelecer, no texto, alguma forma de unidade
ou relação. Ao produzirmos um texto precisamos ter em mente que devemos
adequá-lo à situação de comunicação, ao nosso interlocutor e obedecer ao código
linguístico, valorizando, com isso, a comunicabilidade, importantíssimo fator
de textualidade.
Michel Charolles estabeleceu 4 metarregras que, se seguidas, podem ser muito
úteis e aperfeiçoar a sua proficiência leitora e escritora. As Metarregras de
Charolles determinam que, para ser coerente, é necessário que o texto apresente
ao longo de seu desenvolvimento:
Repetição - elementos de recorrência do tema em referência.
Progressão - ampliação do sentido constantemente renovada.
Não Contradição - não introdução de elemento que contradiga o que já foi
enunciado anteriormente.
Relação - ideias e fatos que se denotem no mundo representado pelo texto.
O
não respeito a alguma dessas metarregras (ou de várias delas, em conjunto)
tornam o texto incoerente. É importante, pois, estar atento a elas tanto na
leitura como na escrita de um texto.
Pontuação – aliada da
comunicabilidade textual
A
pontuação se refere à realização escrita da língua e só a ela, exclusivamente.
Todo
sistema de pontuação tem por finalidade fornecer elementos que permitam ao
leitor captar e estabelecer de maneira mais rigorosa possível o sentido do
texto e para isso ela organiza e ilumina a estrutura lógica de frases e enunciados.
O
sistema de pontuação auxilia para que não haja dissociação entre o sentido que
o texto deve expressar na visão de quem o produz e na perspectiva de quem o lê.
4 – Constituição do
Parágrafo
Os
textos discursivos, chamados “textos em prosa”, são estruturados em parágrafos.
São eles porções de texto, constituídas por um ou mais períodos, ou seja, por
frases ou orações desenvolvidas e organizadas para produzir sentido em torno de
uma ideia central. Geralmente, o início do parágrafo é indicado por um ligeiro
afastamento do texto em relação à margem esquerda da folha.
A
ESTRUTURA DO PARÁGRAFO:
TÓPICO
FRASAL
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
Podemos
então nos perguntar: será que todos os tópicos frasais são semelhantes? E o
desenvolvimento? Ele se dá sempre da mesma forma?
Há
diversos tipos de tópicos frasais, bem como diferentes formas de elaborar o
desenvolvimento de um parágrafo.
Vamos
conhecer cada um deles.
Definição: o
autor apresenta as características generalizantes de um ser, objeto, paisagem
ou situação em questão. A definição pode ser conotativa ou denotativa. É um
recurso principalmente usado em textos didáticos.
Declaração Inicial: o
autor afirma ou nega alguma coisa para, em seguida, justificar ou fundamentar a
asserção.
Divisão:
consiste em apresentar o tópico frasal sob a forma de divisão ou discriminação
das idéias a serem desenvolvidas.
Interrogação: o
parágrafo começa por uma pergunta, seguindo-se o desenvolvimento sob a forma de
resposta ou de esclarecimento.
Alusão histórica:
recurso que lança mão de mencionar fatos históricos, lendas, tradições, crendices
ou, inclusive, acontecimentos dos quais o próprio autor tenha participado.
Selecionamos
também alguns tipos de desenvolvimento de parágrafo. Embora não esgotem as possibilidades
para a elaboração de parágrafos, eles podem ser muito úteis na hora da redação
de um texto, pois valem também como estratégias para desenvolver textos com
mais de um parágrafo.
TIPOS
DE DESENVOLVIMENTO
Enumeração ou descrição de
detalhes: é um tipo de parágrafo encontrado,
geralmente, em textos descritivos, no qual a idéia expressa no tópico frasal é
desenvolvida ou especificada através do fornecimento de pormenores, de detalhes.
Paralelo por contraste ou
por semelhança: é feita, nesse caso, uma comparação por
meio de semelhança ou contraste.
Exemplificação:
esse tipo de parágrafo é usado para se realçar determinado princípio, regra
teoria ou, ainda, uma simples declaração pessoal, geralmente, lançada no tópico
frasal.
Testemunho de autoridade:
técnica em que consiste comprovar fatos ou ideias através de citações de
autores, de reconhecido saber na área; lugares; datas e ocasiões que venham
reforçar o que está sendo dito.
Organização temporal:
Consiste no desenvolvimento do parágrafo pela apresentação de fatos, seguindo
uma linha através do tempo.
Causa e efeito:
quando se procura explicar fatos ou fenômenos das ciências naturais ou das
ciências sociais.
Motivo/explicação e
consequência: já esse tipo de parágrafo ocorre quando se
trata de justificar uma declaração ou opinião pessoal a respeito de atos ou atitudes
do homem.
Muitas
vezes, o parágrafo pode apenas trazer o motivo/explicação, sem apontar a
consequência ou, ainda, apresentar somente a consequência.
INFORMAÇÕES
IMPORTANTES!
É
importante saber que o que determina a extensão do parágrafo será sua unidade
temática já que, teoricamente, cada ideia deve corresponder a um parágrafo.
No
entanto, o estilo do autor e o efeito de sentido que desejamos produzir
interferem na extensão do parágrafo. Grosso modo, o parágrafo é mais longo que o
período e menor que uma página impressa no livro. A regra geral para determinar
seu tamanho depende do efeito de sentido e da orientação que o produtor de texto
quer dar ao seu leitor .
5 – Gêneros Acadêmico Científicos
1.A
leitura no ambiente acadêmico A leitura é o principal canal de aprendizagem no
ambiente
acadêmico. Embora seja essencial, ela não é encarada por muitos como algo
natural, já assimilado ao longo da trajetória estudantil. Muitas vezes a falta
de familiaridade com leituras gera significativa dificuldade quando o estudante
chega à universidade.
A
boa notícia:
Tais dificuldades podem ser vencidas com muita disciplina e método.
Para
realizar uma leitura seguindo um roteiro proposto, alguns gêneros de textos que
circulam na esfera acadêmica podem auxiliar bastante.
São
eles:
O
fichamento;
O
resumo;
A
resenha.
O
fichamento é um procedimento prático e uma ferramenta indispensável para todo
leitor que realiza uma pesquisa. Ele serve para sintetizar de forma sistemática
o conteúdo essencial da leitura de uma obra, bem como articulá-la com nossa
reflexão pessoal.
Segundo
Umberto Eco,uma ficha de leitura precisa conter:
☞ indicações bibliográficas
da obra que está sendo fichada;
☞ informações sobre o autor
(quando não o conhecemos e necessitamos desse suporte);
☞ citações literais de
trechos mais importantes da obra (usando aspas nas transcrições);
☞ comentários pessoais (recomendamos
o uso de cores diferentes ou de colchetes para deixar claro que é a sua opinião,
não a do autor).
Etapas
para elaborar o resumo:
1ª
fazer leitura completa do texto;
2ª
identificar as passagens mais importantes e as ideias principais do autor;
3ª
sublinhar os pontos que forem realmente centrais para o entendimento da ideia
do autor e do problema abordado;
4ª
desenvolver no texto a sequência lógica de ideias do autor, que nos levem de
seus objetivos iniciais e problematização ao esclarecimento da tese e argumentação;
5ª
ser fiel ao pensamento do autor, porém usando nossas próprias palavras;
6ª
não colocar opiniões pessoais;
7ª
usar frases curtas e diretas.
Como fazer uma resenha
A
resenha não deixa de ser uma condensação do texto, mas com análise interpretativa.
É um resumo crítico que contém uma reflexão sobre o tema do texto ou da obra.
Uma
boa resenha depende de um bom resumo, pois é a partir da síntese do texto que
elaboramos um comentário crítico. A resenha é importante porque permite ao estudante
apresentar pontos de vista a respeito de um tema em discussão ou em estudo.
Estrutura da resenha
A
resenha normalmente se compõe de quatro partes: introdução; descrição da obra;
resumo e reflexão.
Na
introdução aparecem: o nome do autor, sua qualificação, (jornalista, escritor,
médico, advogado, cientista); o gênero do texto; o tema principal: para descobri-lo,
normalmente se dispõe da ajuda do título; o(s) objetivo(s) do autor, para
expressá-los, utilizar verbos de declaração, de opinião; o tom do texto:
normalmente basta um qualificativo (adjetivo: pessimista, irônico, persuasivo).
Descrição da obra
Pode-se
fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra, isto é,
informar como ela se organiza: para os livros, indicar a divisão em capítulos,
os assuntos dos capítulos e os índices; para os textos, indicar os subtítulos.
Resumo
O
resumo deve trazer uma indicação sucinta do assunto global da obra (tema) e do
ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método etc.).
Reflexões do autor da
resenha
Avaliar
o conteúdo do texto, estabelecendo comparações com outros textos e situando
esse determinado conteúdo na sua área de estudo.
Convém
destacar que a elaboração da resenha exige um conhecimento mais profundo sobre
o tema do que o resumo. É preciso, pois, para escrever esse gênero de texto, já
ter um envolvimento com o tema do livro ou capítulo.
Para escrever a resenha,
apresentar:
1)
nos parágrafos iniciais, uma introdução à obra resenhada, apresentando:
o
assunto/ tema;
o
problema elaborado pelo autor;
a
posição do autor diante desse problema.
2)
no desenvolvimento, a apresentação do conteúdo da obra, enfatizando:
as
ideias centrais do texto;
os
argumentos e ideias secundárias.
3)
por fim, uma conclusão apresentando uma crítica pessoal, ou seja, uma avaliação
das ideias do autor frente a outros textos e autores.
6 – Comunicação e Redação
Técnica
Os
gêneros técnico-profissionais enquadram-se no âmbito da correspondência que se
divide em quatro tipos:
Particular, familiar ou social - os bilhetes, os cartões postais, os e-mails
pessoais, as cartas pessoais.
Bancária - informações sobre as finanças, por exemplo, os extratos bancários.
Comercial - as cartas comerciais e os e-mails profissionais.
Oficial - os abaixo-assinados, os acórdãos, a procuração, a notificação, os
decretos, as declarações, as atas.
O
nosso objeto de estudo é a Correspondência Comercial cujo objetivo é documentar
algumas situações das empresas e, principalmente, construir as relações públicas
(pessoais e empresariais); ou seja, promover a imagem das companhias.
Correspondência Comercial
Algumas
regras e determinações linguísticas
Saber
a quem se dirige e escolher o tratamento pronominal adequado.
Conhecer
a sua finalidade, o contexto de produção e o desenvolvimento do tema.
Expor o assunto sempre com cortesia, clareza e objetividade, além de usar bons
argumentos quando for o caso de dar justificativas.
Uniformizar
o tratamento pelo uso dos pronomes. Por exemplo, se o texto começar com a
primeira pessoa do plural (nós) não se pode mudar para a primeira pessoa do
singular (eu); se for usar V. Sª., deve-se respeitar o uso de pronomes
possessivos na terceira pessoa do singular (sua).
A carta comercial deve ter:
Timbre
e endereço – importante para reforçar a imagem da empresa
Data
- elemento essencial para garantir a referência de tempo e local para o leitor
.
Dispensar o local se já houver endereço no papel timbrado.
Destinatário
– Colocar apenas o nome da empresa ou da pessoa a quem a carta é endereçada.
Vocativo
- Prezados Senhores, Senhores, Senhores Clientes, Caro Cliente. Após o vocativo
pode-se usar vírgula ou dois pontos.
Corpo
da carta - apresenta o assunto de que trata a carta. Ser objetivo e claro.
Utilizar parágrafos curtos.
Despedida
ou fecho - despedida, simples, usando as fórmulas: “Atenciosamente” ou
“Cordialmente”.
Assinatura
- o nome do emissor e logo abaixo o cargo ou a função.
A
simplificação no uso da linguagem na carta comercial:
Evite
expressões pomposas, exageradas, ultrapassadas e burocráticas:
Vimos
por meio desta; Ilmo Sr .; acusamos o recebimento; segue em anexo; com o
propósito de; como dissemos acima; rogamos; para maiores informações; tem a
presente a finalidade , entre outras.
Prefira as expressões diretas:
Recebemos;
solicitamos; anexo (documento); de acordo com; comunicamos; mais informações; a
fim de; encaminhamos, entre outras.
E-mail
corporativo/profissional
Sua
estrutura segue a da carta comercial, mas por sua rapidez e alcance devem-se
tomar alguns cuidados. É importante lembrar que o e-mail corporativo deve ser
usado apenas para questões profissionais. Por isso, não se deve:
usar smiles e emoticons;
usar abreviações, nem no atenciosamente ( att.);
usar expressões que denotem intimidade nas relações:por exemplo, usar no
vocativo “querido” e beijos na despedida;
responder mensagens movido por emoções;
usar ironias;
tratar de temas comprometedores.
Toda
correspondência comercial representa a imagem da empresa. Por isso, também para
a escrita do e-mail corporativo deve-se:
preencher sempre o campo assunto/tema;
colocar sempre o nome do destinatário, seguido de um tratamento gentil e uma
saudação;
dizer o objetivo do e-mail na abertura dele. E ao final, agradecer para
cativar;
incluir um fechamento apropriado com o seu nome, cargo ou função.
Lembrete importante!!
Retomamos
aqui, as ideias principais de cada Unidade. É muito importante que você releia
o material teórico das unidades propostas para reforçar a compreensão. E não se
esqueça de estudar os conteúdos gramaticais!
Bons
estudos!