sábado, 28 de maio de 2016

LINGUA PORTUGUESA

LINGUA PORTUGUESA


1 -  Linguagem e Comunicação

“Qualquer sistema de signos simbólicos empregados na intercomunicação social para expressar e comunicar ideias e sentimentos, isto é, os conteúdos da consciência”. Bechara, 2001

 Linguagem Verbal – Língua: “signos linguísticos” (palavra falada ou escrita)

Língua Portuguesa

 É o idioma utilizado por toda a comunidade lusófona:
Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.

 Além das diferenças que ocorrem na língua portuguesa utilizada nos diferentes países, no Brasil, isso também acontece.

 Diferenças geográficas, socioculturais e discursivas (situação de comunicação, interlocutores, modalidade escrita ou oral) imprimem marcas próprias no uso da língua pelos seus falantes.

 Todo uso da língua se dá na interação social entre sujeitos que querem se expressar e ser compreendidos.

 Por isso, o uso que cada um faz da língua depende do ambiente em que se encontra, da intenção, do conhecimento que tem da língua, da forma que escolhe para se expressar, entre outros fatores.

 Dizemos, então, que o uso da língua varia. Não existe uma só maneira de usar a língua. E essa variação pode se dar em diferentes:

 Níveis de Linguagem

• Coloquial

• Culto

 Registros

• Formal

• Informal

 Modalidades

• Oral

• Escrita

 Variantes

• Padrão

• Não Padrão

Níveis de Linguagem

São determinados pela cultura e formação escolar, pelo grupo social a que pertence o sujeito e pela situação concreta em que a língua é utilizada. Temos dois níveis:

Coloquial – Relacionado ao registro informal da língua, permite deslizes nas regras da gramática, pertence ao uso mais cotidiano, em situações mais informais, utilização mais espontânea e criativa da linguagem. Mais aberto às transformações. Mais utilizado na fala.

Culto - relacionado ao registro formal da língua, obedece às regras da gramática normativa, ensinada na escola, pertence à esfera literária, mais conservador e utilizado em situações de comunicação mais formais. Mais utilizado na escrita.
Variações Linguísticas

Variante Padrão – determinada pela classe social de prestígio e o grau de educação formal dos falantes; relacionada ao nível culto e ao registro formal;

Variante Não Padrão – é a que foge aos parâmetros impostos à Variante Padrão; relacionada ao nível coloquial e ao registro informal.

Síntese:

O mesmo falante pode apresentar variação no uso da língua em relação:

 aos níveis de linguagem, culto ou coloquial; ao registro, formal e informal; às modalidades oral e escrita, e às variedades, padrão e não padrão, tanto em função da situação da comunicação como também em função de seu interlocutor, de seu conhecimento da língua, de seu grau de escolaridade e de sua intenção de comunicação.

Novo Acordo Ortográfico

Vigente desde o ano de 2009 para os países lusófonos (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,  SãoTomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste). Após muita polêmica entre esses países, o Congresso Nacional, o Ministério da Educação do Brasil e o meio acadêmico implantaram o Novo Acordo Ortográfico.

Esse novo acordo imprime algumas mudanças em relação à escrita: marcas gráficas, acentuação e uso de algumas letras.

Algumas principais mudanças:

 Alfabeto - ganha três letras. Antes: 23 letras Depois: 26 letras, entram k, w e y

 Trema - desaparece em todas as palavras. Exemplo: frequente, linguística, linguiça.

 Acentuação - some o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte). Exemplo: ideia, geleia, plateia, paranoico, heroico.

 Acentuação - some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo (ou ôos.) Exemplo: voo, creem, veem, enjoos.

 Acentuação - some o acento diferencial. Exemplo: para (verbo) e para(preposição) Mas continua em: pôr (verbo) e por (preposição)

 Há várias alterações no uso do hífen: autocorreção, micro-ondas Importante: Consultar o material teórico sobre todas as alterações!!

2 - Estratégias de leitura

Nesta unidade nós vimos que a leitura é:

 Processo cognitivo, isto é, implica num trabalho mental de percepção, memória, construção de relações, avaliação e compreensão.

 Processo de atribuição de sentido.

 Processo dinâmico e muito ativo, que exige a postura interativa do leitor que anseia por se tornar proficiente.

 um hábito que se cultiva.

 uma habilidade decisiva para a construção do conhecimento.

Conhecimentos prévios são conhecimentos que já possuímos: sobre a língua e seu funcionamento, sobre os textos e suas estruturas, sobre o mundo em geral, sobre a especificidade da situação de comunicação, além daqueles adquiridos por meio das experiências pessoais do leitor .

Os conhecimentos prévios se dividem em:

Conhecimento linguístico: representa a competência do falante em relação à gramática de sua língua materna.

Conhecimento textual é construído pela convivência com diferentes gêneros de textos, em diferentes situações de comunicação.

Conhecimento de mundo corresponde ao conjunto de conhecimentos que o leitoradquiriu em seu processo de aprendizado formal e informal, incluindo também suas experiências pessoais.

Inferência

Atribuímos sentido a um texto não apenas por meio de elementos explícitos; a compreensão constitui um processo que requer cálculo mental. As inferências constituem um exemplo típico de cálculo mental. As piadas são bons exemplos para entender esse processo.

Para a leitura na vida acadêmica, sistematizamos  quatro etapas :

 Apreensão global do texto.

 Leitura mais rápida, menos específica.

 Leitura mais detalhada.

 Elaboração do plano do texto.

Concordância: consiste na combinação harmoniosa entre as palavras que exercem entre si relações de subordinação e para isso precisam alterar sua forma (gênero, número, pessoa).

Concordância Nominal: ocorre entre substantivos e as palavras que o acompanham: pronome, adjetivo, numeral, artigo. Exemplos: os carros, suas casas, boas ideias.
Concordância Verbal: ocorre entre as partes principais da frase: sujeito ( nome, pronome) e predicado( verbo): As aulas começaram; A faculdade fica em São Miguel.


3 - Coesão e Coerência Textuais

Coesão e Coerência são conceitos essenciais para desenvolver a proficiência na leitura e na escrita:

 Na Leitura: orientação para atribuir sentidos ao texto, percebendo os efeitos de sentido, nem sempre explícitos no texto;

 Na Escrita: orientação para selecionar e combinar os elementos que formam um texto (palavras ,frases, parágrafos) de forma lógica, para alcançar clareza e precisão na expressão.

A coesão diz respeito, principalmente, à relação e conexão entre as palavras de um texto, por meio de elementos formais, que assinalam o vínculo entre os seus componentes.

A coesão do texto constrói-se por meio de vários elementos gramaticais que estabelecem conexões e articulações, concatenando ideias e funcionando como elos coesivos. Esses elementos são os seguintes:  a manutenção do tema na sequência textual;  a ordem direta das palavras no período;  a determinação das marcas de gênero (masculino/feminino) e de número (singular/plural); a ligação entre palavras por meio de preposições (de,para, com etc.); pronomes pessoais e possessivos (eu, tu, ele... meu, sua, nosso etc.); e conectivos (conjunções, pronomes relativos). Garcez,2004

Coerência

A coerência é um princípio de textualidade ligado à possibilidade de o texto funcionar em sua comunicabilidade. É, portanto, um princípio que não se prende apenas às determinações gramaticais da língua, mas que as supõe. A coerência “ tem como limite a
funcionalidade do que é dito, os efeitos pretendidos, em função dos quais escolhemos esse ou aquele jeito de dizer as coisas”. (Irandé Antunes, 2005)

A coerência depende, principalmente, do conhecimento prévio dos interlocutores de um  exto. Tal conhecimento diz respeito:

 ao conhecimento do mundo (conhecimento enciclopédico que se adquire ao longo da vida) e o grau em que esse conhecimento deve ser ou é compartilhado pelos interlocutores;

 ao conhecimento linguístico (o domínio das regras que norteiam a língua) que possibilita aos usuários de uma língua combinar os elementos linguísticos;

 à relação entre os próprios interlocutores, considerando a situação em que se encontram, as suas intenções de comunicação, suas crenças e a função comunicativa do texto.

Coerência − em síntese é a possibilidade de estabelecer, no texto, alguma forma de unidade ou relação. Ao produzirmos um texto precisamos ter em mente que devemos adequá-lo à situação de comunicação, ao nosso interlocutor e obedecer ao código linguístico, valorizando, com isso, a comunicabilidade, importantíssimo fator de textualidade.

 Michel Charolles estabeleceu 4 metarregras que, se seguidas, podem ser muito úteis e aperfeiçoar a sua proficiência leitora e escritora. As Metarregras de Charolles determinam que, para ser coerente, é necessário que o texto apresente ao longo de seu desenvolvimento:

 Repetição - elementos de recorrência do tema em referência.

 Progressão - ampliação do sentido constantemente renovada.

 Não Contradição - não introdução de elemento que contradiga o que já foi enunciado anteriormente.

 Relação - ideias e fatos que se denotem no mundo representado pelo texto.

O não respeito a alguma dessas metarregras (ou de várias delas, em conjunto) tornam o texto incoerente. É importante, pois, estar atento a elas tanto na leitura como na escrita de um texto.

Pontuação – aliada da comunicabilidade textual

A pontuação se refere à realização escrita da língua e só a ela, exclusivamente.

Todo sistema de pontuação tem por finalidade fornecer elementos que permitam ao leitor captar e estabelecer de maneira mais rigorosa possível o sentido do texto e para isso ela organiza e ilumina a estrutura lógica de frases e enunciados.

 O sistema de pontuação auxilia para que não haja dissociação entre o sentido que o texto deve expressar na visão de quem o produz e na perspectiva de quem o lê.

4 – Constituição do Parágrafo

Os textos discursivos, chamados “textos em prosa”, são estruturados em parágrafos. São eles porções de texto, constituídas por um ou mais períodos, ou seja, por frases ou orações desenvolvidas e organizadas para produzir sentido em torno de uma ideia central. Geralmente, o início do parágrafo é indicado por um ligeiro afastamento do texto em relação à margem esquerda da folha.

A ESTRUTURA DO PARÁGRAFO:

TÓPICO FRASAL

DESENVOLVIMENTO

CONCLUSÃO


Podemos então nos perguntar: será que todos os tópicos frasais são semelhantes? E o desenvolvimento? Ele se dá sempre da mesma forma?

Há diversos tipos de tópicos frasais, bem como diferentes formas de elaborar o desenvolvimento de um parágrafo.

Vamos conhecer cada um deles.

Definição: o autor apresenta as características generalizantes de um ser, objeto, paisagem ou situação em questão. A definição pode ser conotativa ou denotativa. É um recurso principalmente usado em textos didáticos.

Declaração Inicial: o autor afirma ou nega alguma coisa para, em seguida, justificar ou fundamentar a asserção.

Divisão: consiste em apresentar o tópico frasal sob a forma de divisão ou discriminação das idéias a serem desenvolvidas.

Interrogação: o parágrafo começa por uma pergunta, seguindo-se o desenvolvimento sob a forma de resposta ou de esclarecimento.

Alusão histórica: recurso que lança mão de mencionar fatos históricos, lendas, tradições, crendices ou, inclusive, acontecimentos dos quais o próprio autor tenha participado.
Selecionamos também alguns tipos de desenvolvimento de parágrafo. Embora não esgotem as possibilidades para a elaboração de parágrafos, eles podem ser muito úteis na hora da redação de um texto, pois valem também como estratégias para desenvolver textos com mais de um parágrafo.

TIPOS DE DESENVOLVIMENTO

Enumeração ou descrição de detalhes: é um tipo de parágrafo encontrado, geralmente, em textos descritivos, no qual a idéia expressa no tópico frasal é desenvolvida ou especificada através do fornecimento de pormenores, de detalhes.

Paralelo por contraste ou por semelhança: é feita, nesse caso, uma comparação por meio de semelhança ou contraste.

Exemplificação: esse tipo de parágrafo é usado para se realçar determinado princípio, regra teoria ou, ainda, uma simples declaração pessoal, geralmente, lançada no tópico
frasal.

Testemunho de autoridade: técnica em que consiste comprovar fatos ou ideias através de citações de autores, de reconhecido saber na área; lugares; datas e ocasiões que venham reforçar o que está sendo dito.

Organização temporal: Consiste no desenvolvimento do parágrafo pela apresentação de fatos, seguindo uma linha através do tempo.

Causa e efeito: quando se procura explicar fatos ou fenômenos das ciências naturais ou das ciências sociais.

Motivo/explicação e consequência: já esse tipo de parágrafo ocorre quando se trata de justificar uma declaração ou opinião pessoal a respeito de atos ou atitudes do homem.
Muitas vezes, o parágrafo pode apenas trazer o motivo/explicação, sem apontar a consequência ou, ainda, apresentar somente a consequência.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES!

É importante saber que o que determina a extensão do parágrafo será sua unidade temática já que, teoricamente, cada ideia deve corresponder a um parágrafo.
No entanto, o estilo do autor e o efeito de sentido que desejamos produzir interferem na extensão do parágrafo. Grosso modo, o parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no livro. A regra geral para determinar seu tamanho depende do efeito de sentido e da orientação que o produtor de texto quer dar ao seu leitor .

5 – Gêneros Acadêmico Científicos

1.A leitura no ambiente acadêmico A leitura é o principal canal de aprendizagem no
ambiente acadêmico. Embora seja essencial, ela não é encarada por muitos como algo natural, já assimilado ao longo da trajetória estudantil. Muitas vezes a falta de familiaridade com leituras gera significativa dificuldade quando o estudante chega à universidade.

A boa notícia:

 Tais dificuldades podem ser vencidas com muita disciplina e método.
Para realizar uma leitura seguindo um roteiro proposto, alguns gêneros de textos que circulam na esfera acadêmica podem auxiliar bastante.

São eles:

O fichamento;

O resumo;

A resenha.

O fichamento é um procedimento prático e uma ferramenta indispensável para todo leitor que realiza uma pesquisa. Ele serve para sintetizar de forma sistemática o conteúdo essencial da leitura de uma obra, bem como articulá-la com nossa reflexão pessoal.
Segundo Umberto Eco,uma ficha de leitura precisa conter:

indicações bibliográficas da obra que está sendo fichada;

informações sobre o autor (quando não o conhecemos e necessitamos desse suporte);

citações literais de trechos mais importantes da obra (usando aspas nas transcrições);

comentários pessoais (recomendamos o uso de cores diferentes ou de colchetes para deixar claro que é a sua opinião, não a do autor).

Etapas para elaborar o resumo:

1ª fazer leitura completa do texto;

2ª identificar as passagens mais importantes e as ideias principais do autor;

3ª sublinhar os pontos que forem realmente centrais para o entendimento da ideia do autor e do problema abordado;

4ª desenvolver no texto a sequência lógica de ideias do autor, que nos levem de seus objetivos iniciais e problematização ao esclarecimento da tese e argumentação;

5ª ser fiel ao pensamento do autor, porém usando nossas próprias palavras;

6ª não colocar opiniões pessoais;

7ª usar frases curtas e diretas.

Como fazer uma resenha

A resenha não deixa de ser uma condensação do texto, mas com análise interpretativa. É um resumo crítico que contém uma reflexão sobre o tema do texto ou da obra.
Uma boa resenha depende de um bom resumo, pois é a partir da síntese do texto que elaboramos um comentário crítico. A resenha é importante porque permite ao estudante apresentar pontos de vista a respeito de um tema em discussão ou em estudo.

Estrutura da resenha

A resenha normalmente se compõe de quatro partes: introdução; descrição da obra; resumo e reflexão.

Na introdução aparecem: o nome do autor, sua qualificação, (jornalista, escritor, médico, advogado, cientista); o gênero do texto; o tema principal: para descobri-lo, normalmente se dispõe da ajuda do título; o(s) objetivo(s) do autor, para expressá-los, utilizar verbos de declaração, de opinião; o tom do texto: normalmente basta um qualificativo (adjetivo: pessimista, irônico, persuasivo).

Descrição da obra

Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra, isto é, informar como ela se organiza: para os livros, indicar a divisão em capítulos, os assuntos dos capítulos e os índices; para os textos, indicar os subtítulos.

Resumo

O resumo deve trazer uma indicação sucinta do assunto global da obra (tema) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método etc.).

Reflexões do autor da resenha

Avaliar o conteúdo do texto, estabelecendo comparações com outros textos e situando esse determinado conteúdo na sua área de estudo.
Convém destacar que a elaboração da resenha exige um conhecimento mais profundo sobre o tema do que o resumo. É preciso, pois, para escrever esse gênero de texto, já ter um envolvimento com o tema do livro ou capítulo.

Para escrever a resenha, apresentar:

1) nos parágrafos iniciais, uma introdução à obra resenhada, apresentando:

 o assunto/ tema;

 o problema elaborado pelo autor;

 a posição do autor diante desse problema.

2) no desenvolvimento, a apresentação do conteúdo da obra, enfatizando:

 as ideias centrais do texto;

 os argumentos e ideias secundárias.

3) por fim, uma conclusão apresentando uma crítica pessoal, ou seja, uma avaliação das ideias do autor frente a outros textos e autores.

6 – Comunicação e Redação Técnica

Os gêneros técnico-profissionais enquadram-se no âmbito da correspondência que se divide em quatro tipos:

 Particular, familiar ou social - os bilhetes, os cartões postais, os e-mails pessoais, as cartas pessoais.

 Bancária - informações sobre as finanças, por exemplo, os extratos bancários.

 Comercial - as cartas comerciais e os e-mails profissionais.

 Oficial - os abaixo-assinados, os acórdãos, a procuração, a notificação, os decretos, as declarações, as atas.

O nosso objeto de estudo é a Correspondência Comercial cujo objetivo é documentar algumas situações das empresas e, principalmente, construir as relações públicas (pessoais e empresariais); ou seja, promover a imagem das companhias.

Correspondência Comercial

Algumas regras e determinações linguísticas

Saber a quem se dirige e escolher o tratamento pronominal adequado.

Conhecer a sua finalidade, o contexto de produção e o desenvolvimento do tema.

 Expor o assunto sempre com cortesia, clareza e objetividade, além de usar bons argumentos quando for o caso de dar justificativas.

Uniformizar o tratamento pelo uso dos pronomes. Por exemplo, se o texto começar com a primeira pessoa do plural (nós) não se pode mudar para a primeira pessoa do singular (eu); se for usar V. Sª., deve-se respeitar o uso de pronomes possessivos na terceira pessoa do singular (sua).

A carta comercial deve ter:

Timbre e endereço – importante para reforçar a imagem da empresa

Data - elemento essencial para garantir a referência de tempo e local para o leitor . 

Dispensar o local se já houver endereço no papel timbrado.

Destinatário – Colocar apenas o nome da empresa ou da pessoa a quem a carta é endereçada.

Vocativo - Prezados Senhores, Senhores, Senhores Clientes, Caro Cliente. Após o vocativo pode-se usar vírgula ou dois pontos.
Corpo da carta - apresenta o assunto de que trata a carta. Ser objetivo e claro. Utilizar parágrafos curtos.

Despedida ou fecho - despedida, simples, usando as fórmulas: “Atenciosamente” ou “Cordialmente”.

Assinatura - o nome do emissor e logo abaixo o cargo ou a função.

A simplificação no uso da linguagem na carta comercial:

Evite expressões pomposas, exageradas, ultrapassadas e burocráticas:

Vimos por meio desta; Ilmo Sr .; acusamos o recebimento; segue em anexo; com o propósito de; como dissemos acima; rogamos; para maiores informações; tem a presente a finalidade , entre outras.

Prefira as expressões diretas:

Recebemos; solicitamos; anexo (documento); de acordo com; comunicamos; mais informações; a fim de; encaminhamos, entre outras.

E-mail corporativo/profissional

Sua estrutura segue a da carta comercial, mas por sua rapidez e alcance devem-se tomar alguns cuidados. É importante lembrar que o e-mail corporativo deve ser usado apenas para questões profissionais. Por isso, não se deve:

 usar smiles e emoticons;

 usar abreviações, nem no atenciosamente ( att.);

 usar expressões que denotem intimidade nas relações:por exemplo, usar no vocativo “querido” e beijos na despedida;

 responder mensagens movido por emoções;

 usar ironias;

 tratar de temas comprometedores.

Toda correspondência comercial representa a imagem da empresa. Por isso, também para a escrita do e-mail corporativo deve-se:

 preencher sempre o campo assunto/tema;

 colocar sempre o nome do destinatário, seguido de um tratamento gentil e uma saudação;

 dizer o objetivo do e-mail na abertura dele. E ao final, agradecer para cativar;

 incluir um fechamento apropriado com o seu nome, cargo ou função.

Lembrete importante!!

Retomamos aqui, as ideias principais de cada Unidade. É muito importante que você releia o material teórico das unidades propostas para reforçar a compreensão. E não se esqueça de estudar os conteúdos gramaticais!


Bons estudos!